Jan 19, 2015

Orgulhosa por contribuir e participar deste documentário.


Lápis com a companheira, Márcia, em foto do acervo da família


















Dois curtas-metragens sobre o cantor e compositor curitibano Palminor Rodrigues Ferreira (1942-1978), o Lápis, entram hoje em cartaz na Cinemateca, que está exibindo uma programação especial da Oficina de Música de Curitiba. 
O mais recente, Feito a Lápis, foi lançado em novembro de 2014 e será exibido pela segunda vez. O vídeo, inspirado pelo modelo de documentário histórico, é resultado de um trabalho de conclusão de curso do jornalista Vinicius Camilo, que assina a direção ao lado do também jornalista Gabriel Eloi.
Documentário
Feito a Lápis e De Cor e Salteado 
Cinemateca (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1.174), (41) 3321-3252. De 18 a 23 de janeiro, às 16 e 17h. Entrada franca.
A dupla entrevistou familiares e amigos de Lápis para reconstruir a história do sambista, que é considerado um dos principais nomes da MPB no Paraná nos anos 1970. “Meu objetivo era contrariar a afirmativa de que Curitiba não tinha samba, já que desde a década de 1970 tinha sambas de qualidade”, explica Camilo. “Concluímos que o Lápis teve visibilidade, mas não tão grande para a época. Se tivesse sido olhado com um cuidado maior, poderia ter sido um nome maior não só no samba paranaense quanto no nacional”, diz o jornalista. 
Sem recorrer à narração, o documentário se desenrola por meio dos relatos dos amigos. “Em vez de procurarmos gravações do Lápis, deixamos que seus amigos as tocassem”, conta o coprodutor, Gabriel Eloi.
Homenagem 
O segundo documentário da sessão na Cinemateca é de Nivaldo Lopes, o Palito. Lápis – De Cor e Salteado, com apenas 15 minutos e gravado em 35mm, tem uma linguagem mais poética e foi uma espécie de tributo do cineasta paranaense ao sambista. 
Além de uma breve biografia, que narra a passagem de Lápis pelos Correios, filme fala da interrupção de sua gravação a ser lançada pela RCA-Victor devido a um problema cardíaco congênito (que o mataria em 1978) e do recolhimento do músico após a morte da companheira, Márcia. “O filme não fica muito preso a contar a história. Lógico, usa material de arquivo. Mas também faz uma homenagem”, diz Lopes. “Até hoje, Lápis é um marco na cultura paranaense. É ainda uma referência entre os principais compositores daqui”, diz.

Fonte: Jornal a Gazeta do Povo
Publicado em 18/01/2015 | RAFAEL RODRIGUES COSTA

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