À convite do Movimento "Nós Podemos Paraná", no dia 06 de dezembro, fiz uma apresentação na Federação das Indústria do Estado do Paraná (FIEP) em Curitiba.
A posição estratégica que a digital ocupa nos planos dos governos foi um dos temas debatidos (Foto: Mauro Frasson) |
Painel Cidades Digitais e o Desenvolvimento Local - Pavilhão Horácio Coimbra
Lygia Pupatto - Secretária de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações
Bia Lanza - Analista da Companhia de Informática do Paraná
Elias Farah Neto - Prefeito de Candói
Mediadora - Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha - Doutora em Administração com ênfase em Organizações Públicas
Abaixo a notícia na íntegra, publicada dia 07 de dezembro na Agência FIEP.
Congresso Nós Podemos discute formas de inclusão e
impacto na mobilidade
O tema foi tratado no painel “cidades digitais e
desenvolvimento local”, realizado na quinta-feira, último dia do evento. Debate
teve a participação de representante do Ministério das Comunicações.
A posição estratégica que a inclusão digital ocupa
nos planos dos governos foi um dos temas debatidos (Foto: Mauro Frasson)
As formas de inclusão digital, as mudanças na questão
da mobilidade em função do acesso à informação e a posição estratégica que este
tema ocupa nos planos dos governos foram debatidos no 5º Congresso Nós podemos
Paraná, realizado quarta e quinta-feira (5 e 6), em Curitiba. O painel “Cidades
Digitais e Desenvolvimento Local” reuniu a secretária de Inclusão Digital do
Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto; a analista da Companhia de Informática
do Paraná, Beatriz Lanza, além de Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha,
doutora em Administração com ênfase em Organizações Públicas, e Argemiro
Antunes Camargo, coordenador do Candoiconectado, programa que fornece internet
gratuita no município Candói, no Paraná.
Lygia Pupatto destacou a posição estratégica que a
inclusão digital ocupa nos planos de governo nos últimos anos e como ainda há
muito trabalho a ser feito neste campo. “Hoje 50% da população brasileira não
tem acesso à internet em suas casas. Isso não é homogêneo, a exclusão digital
segue a mesma lógica da exclusão social. Nas classes A e B é praticamente
universalizado o uso da internet. Já a classe E só 5% tem acesso”, explicou ela
Segundo ela, é a mesma lógica nas regiões do país. Há
uma maior conexão no Sudeste, seguido pelo Sul e a região Norte e Nordeste, com
menor conexão. Isso acontece pelas dificuldades geográficas, porque quando há
um número pequeno de pessoas numa extensão territorial muito grande, não há
interesse do mercado em disponibilizar o serviço, porque o retorno financeiro é
muito pequeno.
“A exclusão digital é um mal maior para a sociedade”,
afirmou Lygia. “Quando se tem fome, o organismo reclama e a pessoa vai à luta
para conseguir comida. Quando uma pessoa é excluída digitalmente ela não tem a
noção do que está perdendo. Falo de oportunidades profissionais, da educação à
distância, de cultura. Isso é muito maléfico”, disse Lygia.
Lygia, Argemiro e Bia |
Beatriz Lanza destacou as mudanças na questão da
mobilidade, que, segundo ela, tem sido beneficiada com a popularização de
dispositivos que possibilitam o acesso à informação de qualquer lugar. “Uma
coisa muito interessante que vem acontecendo no mundo inteiro com o telefone
celular, é a questão da mobilidade. Precisamos da informação no horário e local
onde estivermos, independente de quando ou onde isso for. O governo precisa
estar atento à isso para prover a informação, seja em grandes ou pequenos municípios.
O dispositivo para acessá-la o cidadão já tem. É preciso colocar os serviços do
governo ao alcance da população, no dispositivo que ela utiliza.“, disse.
Beatriz ressaltou também a mudança de paradigma que
as instituições governamentais enfrentaram nos últimos anos. Segundo ela, o
governo mudou e o papel dele é comunicar a sociedade sobre essa mudança. “Anteriormente
o governo era visto como a entidade que tinha a obrigação de disponibilizar não
só a informação, mas também as ferramentas para acessá-la. Hoje essa
responsabilidade é de todos, que precisam trabalhar em rede: governo, empresários
e cidadãos.”
Um dos eventos marcante e decisivo para isso, foi a
utilização de dados abertos: informações da gestão pública disponíveis para a
população. “Assim abrimos a possibilidade de agregar serviços. Quando você, no
seu pequeno município, pega um dado disponibilizado pelo Governo Federal
relacionado à sua cidade, você passa a enxergar a informação de uma maneira
diferente. Você começa a ver a real utilidade dela”, reforçou.
Lygia Puppato ressaltou as condições que,
segundo ela, tornam o Paraná privilegiado em relação ao restante do país quando
se fala em inclusão digital. “O Paraná tem condição privilegiada em relação ao
restante do país. Aqui temos uma rede de fibra óptica em quase todos os municípios
e isso faz muita diferença ao discutir inclusão digital”, disse ela. O maior
gargalo país, segundo ela, ainda é o acesso à conexão. “O Paraná tem vários órgãos
de inteligência e precisamos fazer um grande movimento no Estado, porque temos
todas as condições técnicas de sair na frente do restante do país”, finalizou.
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